A evolução tecnológica nos trouxe muitos benefícios em nosso dia a dia. Facilidades de
comunicação e de soluções de problemas que precisávamos nos deslocar para poder resolvê-los.
Isso é inegável! Mas qual o preço que podemos estar pagando por isso? Que hábitos saudáveis
estamos deixando de ter em função da escravidão à tecnologia?
No mundo corporativo e em nossas vidas sociais, se pararmos para observar um pouco, vamos
constatar situações muito frias e sem o contato humano que se faz necessário. Utilizamos
comunicações sem emoções como, por exemplo, o SMS (torpedo) e e-mails, ao invés de falarmos ou
nos dirigirmos pessoalmente ao nosso destinatário. Isto está acontecendo no ambiente de
trabalho, nos lares, restaurantes e outros ambientes.
Como pode um líder enviar um e-mail orientando ou chamando a atenção de seu liderado, quando os
dois encontram-se no mesmo ambiente físico? Por que os adolescentes sentam hoje em um bar e cada
um fica navegando em seu celular sem haver diálogo? Por que casais de namorados estão preferindo
discussões por SMS/Whatsapp e não escolhem por se encontrar pessoalmente ou falar por
telefone?
Por mais carinhas e símbolos existentes nos meios virtuais, nada pode substituir a expressão
corporal, a facial e as emoções que passamos na nossa voz. Não estou em momento algum
invalidando ou condenando nenhum destes meios modernos de comunicação, apenas considero que
devemos saber usá-los!
Será que aguentamos passar o período de uma hora, quando estamos acordados é lógico, sem
olharmos nossos celulares ou acessarmos nossas redes sociais? Mais que isso… Será que
aguentaríamos ficar sem acesso a celular e computador por um dia ou mais? Da mesma forma que
questionamos nossa escravidão ao dinheiro, será que ao invés de fazermos a tecnologia nos
servir, não estamos sendo serviçais da mesma?
O Facebook oferece inúmeros jogos… Seus usuários estão jogando e convidando seus “faceamigos”
para jogarem… Cada um na sua casa é lógico! Tudo num mundo completamente VIRTUAL. Lembram-se dos
jogos: buraco, War, Imagem e Ação, Batalha Naval e outros? Todos sempre foram jogados
presencialmente, seja na casa de amigos, em casas de praia, da Serra e isto proporcionava uma
interação direta entre as pessoas. Então por que ao invés de convidarmos virtualmente não
marcamos uma tarde gostosa para jogar e conviver?
Conheço um adolescente que chegou ao ponto de sair do Rio de Janeiro e ir para São Luís do Maranhão, levado pela sua mãe, para conhecer sua “namoradinha virtual” que já conhecia há quase um ano pela internet. Estamos falando de um rapaz que mora numa cidade extramente sedutora e com excelentes opções de lazer (praia, parques, etc.). Ou seja, por que será que sua escolha foi de um mundo virtual e não real? Será que é tímido ou não tem coragem de agir no “cara a cara”?
Cada vez mais estamos utilizando a tecnologia para ficarmos em nossa ZONA DE CONFORTO. Pagamos para não fazermos esforços e nem iniciativas para ir ao encontro dos nossos objetivos e metas. Precisamos nos HUMANIZAR mais e saber usar todas as ferramentas tecnológicas a nosso favor e não contra nós mesmos. Nosso desenvolvimento intelectual e de todos os nossos sentidos não estão ligados ou conectados a fios, mas sim às nossas veias onde correm sangue. Isto se chama VIDA e VIDA HUMANA.
Reflita um pouco e faça um check-up para verificar qual sua situação com relação a tudo isso. Se ainda não estiver totalmente dominado, ainda há tempo para administrar o uso da modernidade a seu favor e não contra você! Prefira encontros reais aos virtuais… Escolha ligar para alguém de quem sente saudades e não enviar um e-mail ou SMS!
Sejamos HUMANOS e não ROBÔS!